Leituras pessoais durante o ano de 2024 // arquivo pessoal

A data é nacionalmente comemorada no dia 07 de janeiro

O Dia do Leitor foi criado em homenagem ao jornal cearense “O Povo”, fundado pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha, em 07 de janeiro de 1928. A data, embora não muito conhecida, é uma forma de incentivar e homenagear quem fomenta a leitura: o leitor.

Como colunista literária leio inúmeros livros de forma profissional, ou seja, livros que talvez eu não escolhesse ler se não fosse para avaliação de publicação no site ou para resenha, mas também me reservo um tempo para ler livros pessoais, que eu escolho ler. Esse ano de 2024 não confesso que não consegui ler todos os que gostaria, mas vou contar um pouco sobre cada um que li.

Os livros estão em ordem de leitura.

  1. Dando um tempo, da Marian Keys (editora Bertrand Brasil)

Marian é uma autora para leitura leve, aqueles livros que você pode levar para sua viagem de férias e ler se divertindo. Outra característica da autora são os temas voltados para mulheres com mais de 30 anos. O livro tem 824 páginas, mas com toda certeza você não vai nem perceber! Ah! leia outros títulos dela porque todos são ótimos.

Resumo da história: Amy e Hugh vivem o que se pode chamar de casamento perfeito, e apesar de o dinheiro ser curto e o estresse ser muito, sua vida segue uma rotina confortável… até que a morte do pai e de um grande amigo desencadeia em Hugh uma intensa crise durante a qual ele decide que precisa dar um tempo de tudo, sobretudo da vida a dois, e parte rumo ao sudeste asiático, por onde viajará por seis meses. Incapaz de fazer o marido mudar de ideia, Amy sabe que muita coisa pode mudar nesses seis meses. Quando Hugh voltar — se voltar —, será ainda o mesmo homem com quem se casou? E será ela a mesma mulher? Afinal, se ele está dando um tempo do casamento, ela também está, não é?

2. Os filhos de Hitler, de Gerald Posner ( editora Cultrix)

Esse livro você precisa ter um certo estômago porque o autor faz todo um relato sobre as acusações que os pais das crianças citadas cometeram. É um livro que o próprio nome já explica: são histórias dos filhos do alto escalão durante o regime de Hitler. Alguns defendem os pais e outros abominam, Tem resenha do livro aqui no site! 296 páginas.

Resumo da história: Por meio deste relato surpreendente, o autor Gerald L. Posner nos revela, como os filhos de nazistas proeminentes julgam os pecados dos pais como testemunhas oculares da história e como familiares. Muitos deles cresceram na atmosfera privilegiada do círculo íntimo de Hitler e evocam o Terceiro Reich pelos olhos da infância. Rolf Mengele, por exemplo, conta como descobriu o pai vivo no Brasil e viajou até aqui às escondidas para confrontar o “Anjo da Morte” sobre os crimes em Auschwitz. Wolf Hess defende com orgulho o pai, Rudolf, o vice-Führer, e seu surpreendente voo solitário em 1941 para a Grã-Bretanha. Ilustradas com fotografias reveladoras, muitas delas inéditas, estas são histórias cruciais, que proporcionam uma nova visão da vida privada e das ações públicas daqueles que trabalharam próximos de Adolf Hitler e foram testemunhas oculares do regime de terror mais perverso de todos os tempos.

3. Persuasão, de Jane Austen (Editora Nova Fronteira)

Um clássico sem dúvidas, e que vale a pena reler sempre. Jane Austen tem a característica de protagonizar a mulher, o que no tempo em que ela escrevia não era comum, já que o livro foi publicado em 1818, após sua morte. O romance é considerado o mais bem-realizado e maduro de sua memorável carreira. 295 páginas.

Resumo da história: Aos 27 anos, Anne Elliot tem poucas aspirações amorosas. Oito anos antes, tinha sido persuadida por sua amiga, Lady Russell, a romper o noivado com Frederick Wentworth, um belo oficial sem fortuna nem patente por quem era completamente apaixonada, mas que pertencia a outra classe
social. Agora, o reaparecimento de Frederick faz com que Anne reflita sobre suas decisões do passado e contemple o futuro. Com a sagacidade característica de Jane Austen, Persuasão é uma sátira social da Inglaterra do início do século XIX, mas, acima de tudo, uma história de amor contornada pela mágoa das oportunidades perdidas.

4. O Passeador de livros, de Carsten Henn (Editora Intrinsica)

O livro mais fofo que você vai ler, e o livro que resume o sentimento de quem ama livros! Absolutamente uma fofura de história, aquelas que você quer colocar o autor em um potinho e guardar. É uma fábula, então não é para esperar um romance com complexidades! Apenas aprecie a história! 224 páginas.

Resumo da história: Do alto de seus 72 anos, ainda é com bastante vigor e alegria que, todas as tardes, Carl Kollhoff sai para entregar os livros encomendados por seus clientes mais especiais. Tão fiel à tarefa quanto os ponteiros de um relógio, o livreiro da tradicional Ao Portão da Cidade percorre as pitorescas ruas da região e, como nas páginas de seus preciosos livros, observa o mundo real e seus habitantes também por uma ótica lúdica e imaginativa.

É graças a esse olhar que Carl tem a chance de trocar umas palavrinhas com um elegante cavalheiro ao estilo da Inglaterra vitoriana, um certo sr. Fitzwilliam Darcy; de solucionar misteriosos erros tipográficos para satisfazer a curiosidade implacável da Sra. Píppi Meialonga; e de conhecer tantos outros clientes que habitam o limiar entre fantasia e realidade. Complexos e fascinantes como as personagens de um bom clássico, todos têm algo em comum ― além dos apelidos ― com seus equivalentes literários: estão presos no próprio universo. Traumas do passado e do presente, inadequação, solidão e violência são apenas algumas das grades que os aprisionam.

Mas, se cada novo volume que recebem de Carl carrega consigo uma esperança renovada de encontrarem a redenção, como ficarão essas pessoas com o livreiro prestes a perder seu emprego? Serão necessários o poder dos livros e a força do carisma de Schascha ― uma menina de nove anos que se torna a improvável companheira dele ― para que todos, inclusive o próprio Carl, encontrem a coragem para superar seus obstáculos e criar laços verdadeiros.

5. O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde (Editora Nova Fronteira)

Clássico dos clássicos, único romance publicado por Oscar Wilde e que te prende o inicio ao fim. É um mistério/suspense e que trata sobre a obsessão pela beleza. 276 páginas.

Resumo da história: o livro narra a história de um jovem rico que enfeitiça todos com sua rara beleza. Ao ter seu retrato pintado pelo artista Basil Hallward, o rapaz constata a perfeição da obra e de seu próprio rosto representado. Influenciado por Lord Henry Wotton, famoso por sua filosofia hedonista, Dorian Gray deseja ficar com aquela aparência para sempre e que o quadro envelheça em seu lugar. Então, aceita trocar sua alma pela juventude eterna e se joga na busca incessante da felicidade e dos prazeres, indiferente aos sentimentos alheios. Com o tempo, entretanto, ele terá que arcar com as terríveis consequências de suas escolhas. Esta tradução foi feita por Marina Guaspari.

6. La casa de los Espiritus, de Isabel Allende (Editora Contemporânea )

A edição que eu li é a em espanhol (é uma forma que tenho para treinar o idioma), é um clássico também e Isabel Allende é uma mestre em escrever histórias, e este livro é a obra mais importante da autora. 455 páginas.

Resumo da história: Ambientado num país sem nome que bem poderia ser o Chile, o romance A casa dos espíritos narra a saga de uma poderosa família de proprietários de terras. No começo, o patriarca despótico Esteban Trueba constrói um império pessoal com mão de ferro, mas tudo começa a periclitar com a passagem do tempo e os efeitos de um ambiente social explosivo.

Por fim, a decadência do patriarca arrastará os Trueba para uma dolorosa desintegração, que refletirá no âmbito privado as tensões políticas e espirituais de todo um território e de uma época.

Com imaginação exuberante e impecável execução literária, Isabel Allende delineia a vida de seus personagens como parte indissolúvel do destino coletivo da América Latina, marcado por mestiçagem, injustiças sociais e busca de identidade.

Um dos romances mais importantes do século XX, A casa dos espíritos entrelaça o pessoal e o político em uma narrativa universal de amor, magia e destino.

Qual você gostou mais?

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