“Tudo Faz Sentido” revela como a conexão entre áreas aparentemente distintas pode fomentar a criatividade e a inovação para resolver problemas complexos

Ter raciocínio lógico apurado, gosto por artesanato e boa capacidade interpessoal: características que, soltas, trazem certos benefícios para uma pessoa, mas que, se unidas, podem ser ainda melhor exploradas. A vida do ser humano é um quebra-cabeças onde peças que, aparentemente, nãos e encaixam, quando unidas, trazem um resultado nunca imaginado.

As combinações são infinitas e cada vez mais frequentes. O que muitas vezes não percebemos é que unir diferentes áreas do conhecimento se tornou essencial para fomentar a criatividade e enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Para auxiliar nessa busca, a obra Tudo faz Sentido: Ligando os pontos entre arte, ciência e inovação”, escrita pelo brasileiro radicado na França João Silveira e lançado no Brasil pela Labrador.

Bailarino profissional, formado em farmácia e doutor em educação. O currículo de Silveira mostra como as múltiplas habilidades de um ser humano podem, juntas, conversarem e serem utilizadas em prol do seu crescimento pessoal, humano e psicológico. João foi a universidades, laboratórios de pesquisa, polos de inovação, museus e centros de artes espalhados pelo mundo para entender qual o sentido de conectar arte e ciência.

Leonardo Da Vinci seja talvez o exemplo mais famoso de “pessoa múltipla”: foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Mas poucos sabem que Einstein tocava violino, Shakespeare tinha fascínio pela ciência e Chico Buarque cursou Arquitetura. A conexão entre diferentes campos vai além do interesse pessoal; é vital para a criatividade e a busca por soluções para questões contemporâneas. Das mudanças climáticas às epidemias, da desigualdade social aos conflitos armados, os desafios globais exigem uma abordagem interdisciplinar e criativa.

“Tudo faz sentido” também levanta questões sobre a digitalização do mundo, acelerada durante a pandemia e o surgimento da inteligência artificial, principalmente em áreas como a educação. Uma leitura necessária para inspirar artistas, cientistas, educadores e todos aqueles que possuem múltiplas aptidões a exemplo da fusão entre arte e ciência, capaz de impulsionar a inovação e a criação de grandes ideias.

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